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terça-feira, 30 de abril de 2013

ILÉ ÀSE EKÙNDÉYI BREVE

Pessoal,

Para os que conhecem minha tragetória religiosa, sabem o quanto sonhei com dia em me tornar sacerdote de Òrìsà, onde o Batuque me escolheu há 15 anos atrás, e de lá para cá venho aprendendo cada dia, podendo agora quem sabe, estar maduro para desempenhar o cargo de zelador de Orixá!!!!
Agradeço a todos aqueles que sempre torceram por mim e desde já informo que em Maio estará sendo inaugurado o Ilé Àse Ekùndéyi !!!
Dando a informação do nosso nome tomo o espaço para informar:


Ilé Àṣẹ kùndéyi
Tradição de Òrìà no Batuque



ORIGEM DO NOME



Ilé Àse Ekùndéyi: Casa de Axé Leopardo que chega a um destino com força.
Segundo Adésolá Olátéjú (2005, p. 368-383), as qualidades que formam o caráter do Leopardo na crença Yorùbá[1] são: FORÇA, FEROCIDADE, OUSADIA e INTELIGÊNCIA!

O leopardo é considerado pelos povos Yorùbá um animal sagrado, e foi domesticado no reinado de Aganjú em Òyó como prova de sua coragem e ousadia.

Nosso Ilé pratica os rituais de Òrìsà através do Batuque do Rio Grande do Sul, onde nossa raiz religiosa chama-se “Kanbínà”.

Sem modificar nada dos rituais herdados da nossa religião afrodescendente, conseguimos “resgatar” e “entender” o que cultuamos dentro do nosso Ilé, onde podemos citar alguns trabalhos de pesquisas e práticas feitas por nós ao longo dos anos:

1. O porquê de não rasparmos a cabeça e não usarmos o Adósù em nossas iniciações ritualísticas;

2. O uso do idioma tradicional Yorùbá;

3. A criação do nome de iniciado no nosso Àse;

4. Algumas particularidades de culto aos Òrìsà Aláààbò (Protetores da casa): Olóde, Avagã, Èsù Dí Burukú, Légbaa, Kamuká, T’igbówà, entre outros;

5. Particularidades do culto “individual” e “coletivo” de Éégún e o real significado do Arísùn;

6. Uso das folhas e plantas regionais para banhos, defumações, unguentos e pós, através da classificação: “Plantas de quebra” e “plantas que apaziguam”, não generalizando tudo como “omierò”;

7. Culto a Orí através do Ebo separado da iniciação do Òrìsà;

8. Significado dos nomes dos caminhos de Òrìsà cultuados em nossa raiz religiosa;

9. Consulta aos Búzios da maneira tradicional do Batuque e também o conhecimento da “metodologia de consulta através do Odù e amarração por Ibo, conhecida como mérindínlógún”;

10. Entendimento do significado da “Mesa de Ìbejì



VISÃO



Ser reconhecido como um templo que procura estudar as práticas rituais, através do realinhamento filosófico e cultural com a religião tradicional Yorùbá, sem mudar a cultura afrodescendente do Batuque.



MISSÃO



Tornar o culto do Batuque reconhecido mundialmente como uma religião afrodescendente que conseguiu preservar rituais ainda tradicionais para os povos Yorùbá.



VALORES

Ética;

Coletivismo;

Desenvolvimento e valorização das pessoas do Ilé através do estudo;

Transparência;

Comprometimento com as pessoas;

Responsabilidade Socioambiental.



OUTRAS PRÁTICAS RITUAIS DO ILÉ



Nosso Ilé também pratica os Rituais de Umbanda baixo nome “Tenda de Umbanda: Caminhos da Verdade” através da regência do Caboclo Xangô das Matas.

Praticamos também a Kimbanda separada da Umbanda e Batuque, através do culto aos 7 Reinos (Encruzilhada, Cruzeiro, Matas, Cemitério, Almas, Lira e Mar) baixo nome do templo Nzo Kimbanda Mukuá-ndele (Casa de Quimbanda Senhor das Almas), esta regida pelo Exú Tranca Rua das almas com assentamento de sua Nganga.




O SACERDOTE DO ILÉ



O sacerdote do Ilé Rudinei O. Borba, cujo nome religioso é Mógbà (Limpo para receber) foi iniciado no lado religioso de “Kanbínà” para Sàngó Aganjú através de sua mãe carnal Vera de Bara Ijelú há 15 anos, a qual lhe entregará seus Àse para sacerdócio em Maio de 2013, o àse de òbe (faca) e de Búzios, sendo liberado desde então para desempenhar o sacerdócio religioso, através do Batuque e das demais práticas rituais herdadas pelas mãos da mesma.

O sacerdote além de aprender os rituais do Batuque, Umbanda e Kimbanda há 15 anos, também é pesquisador independente e autodidata, onde podemos citar alguns de seus materiais já publicados:

· O Ilé-Orí e a Cremeira: A Noção de Pessoa no Batuque do RS

· Redescobrindo o Culto Nàgó do Príncipe Custódio no Batuque Afro-Sul

· A Descendência do Òrìsà e sua Sobrevivência na Iniciação no Batuque

· Arísùn - O Ritual Fúnebre no Batuque do RS

· As Diferentes Formas de Culto da Quimbanda no Rio Grande do Sul

· O Culto Ìbejì no Batuque do Rio Grande do Sul

· O Culto Ancestral Feminino no Batuque do RS



Localização:

Rua Floriana Medina Rodrigues, nº 30 \ Bairro Vila Elsa \ Viamão – RS

Fone: (51) 9272-88-44


Para uma mellhor comodidade e disponibilização dos nossos materiais escritos, criamos nossa página:



Onde será possível baixar os materiais em arquivo pdf.

Agradeço a todos de coração mesmo pelos acessos no "nosso Blog", mas estaremos postando no wordpress, a partir de hoje!!!





1. Fonte: OLÁTÉJÚ, Adésolá. The Yorùbá Animal Metaphors: Analysis, Nordic Journal of African Studies nº 14: 368–383, and Interpretation, University of Ibadan, Nigeria, 2005.